Cadeira Nº 8 – Patrono João Agripino da Silva

Foto: Cedida pela família.

BREVE RELATO DA VIDA DE JOÃO AGRIPINO

Por Maria Agsneide e Maria Agslene

João Agripino Neto, primogênito de uma família de 12 (doze) irmãos, nasceu no dia 15 de setembro de 1928 no Sitio Santana no município de Gov. Dix-Sept Rosado – RN, filho de Pedro Agripino Soares de Freitas e de Ana Francisca de Oliveira. Faleceu em 14 de setembro de 2014.

Desde muito cedo começou a trabalhar pela sua sobrevivência trabalhando como agricultor nas terras que pertenciam à família no Sítio Santana e mais tarde se dedicou inteiramente ao comércio até 1985.

Casou com Maria Gomes da Silva em 29 de setembro de 1956 no município de Gov. Dix-Sept Rosado com quem teve 05 filhos, 04 netos e 02 bisnetos, criou uma sobrinha de sua esposa, e mais tarde uma filha da mesma  que adotou como filha.

Era um homem de princípios, com firmeza de propósitos e muito devotado à família. Exercia forte influência sobre todos devido sua capacidade de liderança. Era costume de toda família ouvir sua opinião antes de qualquer decisão importante. Era um pai amoroso e sempre atento ás necessidades dos filhos.

Era uma pessoa bem informada e fazia questão de estar sintonizado com os acontecimentos. Era um leitor assíduo de jornais. Numa época que era difícil ter acesso aos jornais, ele mandava comprar exemplares de jornais em Mossoró e fazia questão de repassar as informações aos amigos na calçada à noite após o jantar ou na mercearia (ponto de seu comércio) no Mercado Público. Nessas ocasiões, discutia com os amigos o que estava acontecendo no Brasil e no mundo. Gostava do debate e confronto das ideias. Recebia também jornal de São Paulo enviado por Joel Carlos (in memórian).

Sempre acompanhou com um olhar crítico pra época o desenrolar dos acontecimentos em todas as esferas da sociedade, falava com propriedade sobre política, economia, saúde, educação.

Além dos jornais, se utilizava de todos os recursos tecnológicos disponíveis na época para obter informações acerca do que estava acontecendo no cenário nacional e internacional. O rádio era um recurso muito explorado e como tinha extrema facilidade de sintonizar emissoras de todo Brasil, conseguia informações com muita obstinação e fazia questão de divulgar as informações.

Com a televisão, sempre estava acompanhando os telejornais e, como sempre, divulgando e dando suas impressões pessoais dos acontecimentos.

Já com mais de 80 anos, olhava o computador com um misto de curiosidade, estranheza e admiração.

Tinha uma memória privilegiada que, aliada á capacidade de relacionar os fatos, lhe davam um poder de argumentação invejável para defender suas ideias.

Tinha duas grandes paixões; a política e o futebol.

Na política, tinha um pensamento conservador. Era eleitor convicto do PMDB e tinha uma admiração especial pelo líder do partido no estado do RN, Aluisio Alves. Defendia os princípios democráticos para construção da sociedade e não economizava palavras para criticar ideias que não levassem em conta a democracia.

Na área de esportes, era amante do futebol e seu time de coração era o Fluminense. Acompanhava tudo que acontecia nos esportes para debater com os amigos e um momento especial no capítulo dos esportes para ele, era a Copa do Mundo.  Tinha muito conhecimento sobre a História das copas. Um detalhe curioso que merece atenção em relação ás copas é o fato de abrir as portas de sua casa que ficava lotada durante os jogos das copas na década de 70.