ARMANDO FILHO
Por Paulo Martins da Costa Neto – Jornalista
Armando Raimundo da Silva Filho nasceu em 23 de fevereiro de 1964, na cidade de Governador Dix-sept Rosado, filho do comerciante Armando Raimundo da Silva e de dona Rita Francisca das Chagas. Faleceu no dia 11 de março de 1990. Tinha 7 irmãos: Ester, Ivanete, Margarete, João Batista, Hildeberto, Graça e Olivetti. Era casado com Jane Mary Fagundes de Melo. E pai de dois filhos: Armando Leopoldo e Esther Ruanda.
Armando estudou o ensino de 1º grau (ensino fundamental) em Governador Dix-sept Rosado e o nível secundário no colégio Dom Bosco, em Mossoró. Cursou Direito na Fundação Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Furrn). Era servidor público estadual, lotado na Escola Estadual Manoel Joaquim, também em Dix-sept Rosado.
Exerceu dois mandatos de vereador na Câmara Municipal de Governador Dix-sept Rosado, nos exercícios de 1983 a 1988, e de 1989 a março de 1990 (ano em que faleceu). Em 1982, elegeu-se com 395 votos, sendo considerado o mais jovem vereador do país. Filiado ao Partido Democráticos Social (PDS), foi o mais votado entre seus pares, eleitos para o Poder Legislativo. Repetiria o bom desempenho nas urnas, em 1988, obtendo 355 votos como candidato do Partido da Frente Liberal (PFL) e conquistando o primeiro lugar nas urnas.
Sempre mantendo um bom relacionamento, inclusive com os vereadores de oposição na Câmara Municipal, da qual foi presidente, Armando pretendia retornar ao cargo ou ser relator da Assembleia Municipal Constituinte e elaborar uma “Lei Orgânica voltada para as aspirações da população dix-septiense” – como costumava dizer aos colegas parlamentares. Em seu projeto político, Armando Filho delineara um dia chegar à Prefeitura Municipal.
Além de estudante, político e servidor público (da Escola Estadual Manoel Joaquim), Armando Filho era um dedicado desportista. Como atleta atuou nos times do São Paulo, Flamengo, Corinthians, Tapuyo e Esporte Clube Dix-septiense.
Uma enfermidade abreviaria a vida e interromperia a trajetória de Armando Filho, a qual até então se desenhava brilhante. Em 1987, uma série de exames médicos atestaram que o jovem vereador estava acometido de Leucemia Mielóide Aguda (LMA). Começava, assim, delicado tratamento saúde no Hospital Onofre Lopes, em Natal. Posteriormente seria transferido para a cidade do Rio de Janeiro, onde submeteu-se a um exame e teve diagnóstico de clinicamente curado.
No entanto, em 13 de outubro de 1989, ele voltou a sentir os sintomas de LMA, sendo determinada pela equipe médica que o acompanhava a urgente realização de um transplante de medula óssea, que aconteceu no Centro Transplante de Medula Óssea (CEMO), tendo como doadora sua irmã Margarete Silva de Freitas.
A cirurgia foi realizada com sucesso e o vereador dix-septiense reagia bem. Mas, na sexta-feira, 9 de março de 1990, seu estado de saúde agravou-se com uma infecção e, no domingo, dia 11 daquele mês, às 2 horas da madrugada, não resistindo ao quadro da doença, veio a falecer.
O sepultamento do corpo de Armando Filho ocorreu no dia 12 de março, pela manhã, no cemitério público de Governador Dix-sept Rosado. A Câmara Municipal emitiu nota comunicando o óbito de seu ex-vereador, posteriormente substituído pelo suplente José Francisco de Souza. O prefeito Adail Vale decretou luto de seis dias, com o hasteamento da Bandeira Nacional a meio mastro.
No exercício do mandato no Poder Legislativo, Armando Filho se esforçou para estar em sintonia com as aspirações da população dix-septiense. Reivindicou, no curto período de atuação parlamentar, melhorias em favor de infraestrutura, contemplando abastecimento, manutenção de rodovias, desenvolvimento urbano, serviços de telefonia, esportes, saúde, educação e produção rural, entre outras áreas.
Armando Filho era religioso e afirmava acreditar em Deus sobre todas as coisas.